quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Silencio, O pensamento é o ensaio da ação.

Nunca fui suicida, amo a minha vida. Mas penso nisso todos os dias. Durmo esperando não mais acordar. Acordar para essa ausencia, para esse vazio constante. Para esse zumbido no meu ouvido.
Será que voltar a falta é tão bom? Quando voltei pensei que talvez fosse a solução, e é. Não sinto mais dor, nem medo, nem alegria, nem tristeza, nem amor. Sinto só o vazio. A ausencia de nós. Estou apenas eu. olhando o abismo... e o abismo me olhando de volta. Flertamos mas nunca nos abraçamos.
Valeu a pena afogar.

Porque quando você se afoga, ninguém te ouve gritar, você só engole água. Água até o final. A agua é tão pesada. tão pesada...

Não quero morrer, tenho medo. Tenho medo de abraçar o abismo. e o abismo me abraçar de volta.

Thiago para Silencio, e agora?

E agora? para onde vou? estou pensando em quem não deveria. Respirando quem não deveria. Vivendo quem não deveria. Transando quem não precisa de alguém como eu. e se não vai embora? e agora? o que fazer com alguém que simplismente não desiste de mim?
Tenho medo, medo de doer, medo de machucar, medo de correr com a vontade imensa de ficar. Como? como depois de tudo? depois de tanto tempo, agora decidir ficar? agora decidir nunca mais ir?

me diz então. E agora?

terça-feira, 8 de junho de 2010

Thiago para Silencio, Insight

" Demonios são reais, e fantasmas também. Eles vivem dentro de nós. E de vez em quando, eles vencem. " Stephen King


( Sim, viciei em Criminal Minds. Mas essa frase diz muito de mim. )

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Thiago, Escolhas

A vida é feita de escolhas, algumas boas e outras ruins. Mas essa diferença se dá pelas oportunidades que se mostram, pela satisfação do nosso ID, pelo julgamento moral do nosso ego, e ocomportamento que se gera no nosso superego. Os apoios que nós tivemos para uma decisão também são importantes (e definitivos) para definir nosso comportamentos, mesmo que esse apoio venha apenas de nós.
A parte mais dificil da vida é fazer a coisa certa, fazer a escolha certa, mesmo quando não se quer ver que é o caminho certo a seguir. Nós vemos aquilo que queremos ver. Sentimos o que queremos sentir. Nós somos responsaveis por nossos pensamentos, comportamentos e sentimentos. Mesmo que o exterior tenha influencia quase determinante, nosso interior é completamente controlado por nós. Se tu decidir esse controle, apesar que mesmo que tu não decidas concientemente, essa decisão já foi tomada.
Eu fiz a minha escolha. Eu cresci e mudei, meu corpo mudou, minha mente mudou e meu comportamento mudou. Eu decidi por aceitar a responsabilidade sobre meus pensamentos/acões, e ver que minhas escolhas durante toda minha vida me trouxeram a esse momento e aos proximos. Que é necessario fazer a coisa certa, por mais dificil que seja e mesmo que o sofrimento acarretado por isso seja grande. Eu decidi minha vida. E que mais oportunidades de escolha se apresentem, as duvidas que tenho/terei me levarão para o caminho correto.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Thiago & Silencio, Razão vs. Emoção

Alguém já viu um coração? Digo um coração de verdade, suspenso em um pequeno oceano particular de formol com vidro em volta e uma linda tampa de metal hermeticamente fechada no topo. Pouco romantico, não é? Dificil imaginar algo que falamos com tanta emoção, suspenso em formol, deteriorando-se vagarosamente. Estranho que a primeira vez que me deparei com isso foi em um museu de ciências naturais, achei estranho o quanto ele não era nada parecido com os corações que desenhava nos cartões para meus pais. Lembrei disso essa noite, o quanto o coração metaforico, é lindo. Enquanto o nosso coração real, é uma massa muscular com veias saltadas, que fica com as extremidades esbranquiçadas quando ficam muito tempo embebidas de formol ou alcool. Pensar empiricamente é bom também, abre os olhos, impede as ilusões dos nossos sentidos de atrapalharem nosso raciocinio logico e coerente. Mas o fato é, o coração metafórico, é lindo.
Estranho essa diferença que tem o pensamento romantico (emoção) do pensamento empirico (razão), o romantismo deixa as coisas com proporções exageradas tudo parece grande, lindo, vivo e brilhante. E agora eu paro e vejo que essas sensações vem dos sentidos processando informações que você está dando demasiada importancia e isso libera milhões de hormonios, enzimas e etc. Para tornar a captação desse momento parte da sua memoria de longo prazo, que pode ser acessada a qualquer momento com um pouco de concentração, e ficar revivendo, e revivendo, e revivendo. Em um eterno dejavú.
Algumas coisas estão abrindo meus olhos nesse sentido, do pensamento racional, eu tenho muitos valores romanticos os quais eu nunca parei para pensar seriamente a respeito. E agora que tive esse tempo para pensar, e coisas que me distrairam dessa loucura emocional. Eu vejo o quanto perdi meu tempo com valores inadequados, alguns que eu nunca acreditei, que passei a adotar achando que seria o melhor para mim, para meu corpo e para minha sanidade mental. Bobagem.
É lindo ser romantico, quem não quer ouvir de alguém " nossa, como você é romantico, isso que eu mais amo em nós dois.", mas ser romantico dá trabalho, tem as lagrimas, tem a saudade, tem a dor da separação, tem o desapego, a negação.... a lista é sem fim. Se consegues sobreviver a isso, parabéns! És um Romantico! Nossa que prêmio. Mas, é lindo.
O truque é ir pelo meio dos dois, nem romantico de mais, nem racional de menos, por mais simples que possa parecer lendo, é a parte mais dificil da vida, não deixar as emoções cegarem a tua razão e especialmente o teu processamento das informações sensoriais.

Mas lembre-se, o coração metaforico É lindo, não ponha ele junto no teu oceano particular de formol. Nunca.

domingo, 9 de agosto de 2009

Thiago, Silencio e Liberdade

As vezes penso nas coisas que passamos e vejo-as tão proximas, como se ainda podesse viver-las repetidamente diante dos meus olhos. Por vezes tento ver-las como algo muito distante, algo que revivo em meus sonhos noite após noite, algumas vezes sonhando com elas antes de fechar os olhos.
Mesmo longe eu sempre pensei no que eu poderia ter feito de diferente, no que eu poderia ter sido melhor... isso que eu sempre quis, ser melhor, para mim e para nós. Nosso tempo me mostrou tantas coisas, que antes eu nunca tinha conseguido perceber, eu fui cego para mim... encontrei desculpas para mim mesmo, culpei minha impulsividade, culpei minha insensibilidade, culpei aos céus por terem me deixado daquela maneira, culpei minha familia por ter me deixado me tornar aquilo, culpei a tudo e a todos. Menos a mim mesmo.
Nosso tempo me mostrou exatamente isso, eu era culpado pelo meu destino, eu fui o culpado da minha propria culpa. Culpa essa que me destruiu, fez com que eu me detesta-se ,e não me reconhece-se no espelho, isso causou cada vez mais problemas, tudo que eu me culpava se tornou realidade para mim. Uma realidade que eu não conseguia escapar.
Quando me vi sem volta, e fazendo coisas que não faziam parte de mim, me isolei em meu proprio mundo aonde ninguém tinha espaço, a não ser eu mesmo e minhas vontades.
Até que nos conhecemos, e digo nos conhecer e não apenas nos ver, eu abri a porta voluntariamente e lhe entreguei a chave do meu mundo. Para que podesse entrar e sair sempre que desejar. E quando você estava nele o sol sempre brilhava, e eu não tinha medo dele.
Nosso tempo juntos, me mostrou o quanto tudo pode ser diferente, você mudou tudo dentro de mim. Todos os meus conceitos, todas as minhas esperanças para meu futuro e se a chave ainda estiver guardada, o nosso. Porque temos tanto tempo ainda, tanto. Tantas coisas que podemos concluir e tanto a começar. Tantas vidas que ainda não vivemos e tantas que ainda vamos viver.
Nada disso podemos saber por onde começar, mas podemos tentar começar, podemos tentar viver como podemos, o tempo que temos. E que o sol sempre brilhe para nós dois, juntos ou não, longe ou não, de mãos dadas ou não. É tudo que eu espero de nós dois, vida.

e Eu te amo.

Sempre.

domingo, 28 de setembro de 2008

Thiago e Silencio, em Caminhos da Escuridão

Continuando...
Após ver meus pais chorando enquanto pediam desculpas por ter de me internar, eu não consegui ficar triste... eu ainda estava travado da cocaína, tudo naquele momento parecia extremamente normal e feliz. Abraçei meus pais dizendo que estava tudo bem, então, três enfermeiros entraram na sala pedindo para que eu tira-se tudo dos meus bolsos, meu cinto e etc.
Entreguei na mão de minha mãe, celular, chave, carteira, soco inglês e meu canudinho de bambu que eu usava tanto para maconha quanto para a cocaína. Eles me seguraram para eu não fugir apertando fortemente meus braços, mas eu disse "tudo bem, eu não vou fugir." e abraçei meu irmão, falando no ouvido dele para que pega-se minha escova de dentes dobravel do meu banheiro e joga-se fora, pois era lá que estava o resto da cocaína. Como fui ingênuo.
Entrei no horario de almoço, estavam todos comendo e muitos levantaram para me comprimentar. A maioria com roupas desbotadas, bermudas largas demais e todos sem cadarços nos tenis [era proibido, afinal como deve ser facil matar alguém enforcado com um cadarço de tenis.]. Lembro que a primeira coisa que eu ouvi deles foi "Quer fazer um brick na tua camiseta?", eu era tão preso no meu mundo que nem fazia ideia do que poderia ser um brick, mas imaginei que fosse algum tipo de troca e recusei. Ouvi essa historia do brick todo o tempo que eu fiquei lá.
Antes de começar a comer, fui levado até o posto de enfermagem aonde engoli forçadamente uma pilula laranja e duas brancas. Ingenuidade minha denovo.
Fui dopado e lembro de acordar só no dia seguinte com o enfermeiro empurrando mais pilulas pela minha garganta abaixo, assim foi por 3 dias seguidos, eu acordei somente para ir comer, não mencionei ir ao banheiro, poisé, foi proposital.
Depois disso conheci varias pessoas lá dentro, tanto pessoas boas que erraram quanto pessoas ruins que voltariam para lá ou acabariam em um caixão em muito pouco tempo. Dessas pessoas posso destacar algumas que me iluminaram lá dentro mais do que eu poderia ter me iluminado do lado de fora, Mauricio, Giovanni, Diana, Mexicano e o Thiago. Bons amigos que conquistei lá dentro depois que descobriram que eu amava escrever, jogar xadrez, conversar, avacalhar com muiscas e ouvir as experiencias das pessoas, tudo isso fiz pelos 5.

Depois eu conto o resto da historia.